Eis que chega o sol
Durante todo o dia
a chuva incessante caía,
apesar de breve
era bastante fria.
Entre uma e outra um traço
de luminosidade tentava colocar
o nariz de fora, embora em vão,
logo as nuvens carregadas
entravam em ação.
Observou que na janela havia
um envelope amarelo
eram fotografias
trazidas pelos correios,
contagiantes, lindas, provocantes
deixando seus pensamentos
em ebulição.
Lembranças iam e vinham
de momentos calientes
vividos sem pressa
sem contar o tempo
por alguns instantes parou,
fechou os olhos
e sonhou...
sonhou que estavam juntos, sim juntos
sequer sem lembrar desse tal
'distanciamento social'
e por que haveriam de se distanciarem
se o amor tem pressa e
urge estar juntinhos?
Voou mais longe e sentiu quão
deliciosa é essa troca de carinhos
mãos que viajam deslizando à
curtíssimas distâncias
bocas em silêncio falando alto
através de beijos ardentes
corpos ajustados
milimetricamente colados.
Oh!... e as palavras sussurradas,
líquidas ou deleitosas, às vezes até
ásperas ou impronunciáveis
faziam mais gostoso aquela busca
não somente pelo prazer,
mas por algo mais além...
o querer sempre mais
não somente o corpo,
os carinhos, o sexo,
mas a alma que, afinal é linda
para nela fazer morada.
E pensando alto, pensando longe
voou entre os suspiros e o vento
sentindo da noite o frescor,
desejou viver tudo em outros momentos,
e ao longo ou na brevidade da vida
- viver e morrer de amor!
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Gratidão pela poesia que habita em ti!
Gratidão à vida, ao amor que pulsa em mim!
Gratidão à amizade que nos mantém juntos até aqui!
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