CONJUGANDO O AMOR

Vende-se sonhos

Quando não mais se acredita no amor

Essa mercadoria barata

Que muda de dono a cada semana

Oh, juventude insana

Que não sabe o que é a dor!

Proferir o Verbo amar

Conjugá-lo a todo

Tempo

Com qualquer Pessoa

É só mais um

Discurso vazio

De quem não sabe amar

E só vive de momentos.

Imperativo é amar

Sem pedido ou sem ordem

Ou conselhos Subjuntivos

De qualquer Modo

Em qualquer Tempo

Amor é Indicativo de desordem

O amor é em Tempo Presente

O Futuro quem adivinha, afinal?

O Passado é só uma lembrança

Para quem procura a fórmula

De adequar o amor a uma Forma

Nominal ou Impessoal

Amor é Fenômeno raro

Que o conserve quem o tem

Num mundo de relações fugazes

É o Verbo que se faz carne

Que incendeia com as paixões

Pois ninguém é de ninguém!

Cleusa Piovesan

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Cleusa Piovesan
Enviado por Cleusa Piovesan em 24/07/2020
Código do texto: T7015048
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