Ah, não me afogues em tuas manobras!

Não quero glórias sobre teu corpo excessivo ganhar,

Nem palavras sobre o avesso da neblina

Que iria algum dia compor nossos destinos

Com dois poemas escritos a flores.

Não quero de longe a música que vem dos teus delírios sentir,

Nem os cantos mais balsámos e fosfóricos contar:

Ora me encendeias; ora aliviado me tornas, despido da tórpil sensação.

Não me afogues em tuas manobras

Pois não te quero à meia-noite apenas,

Sobrevoar em meus encantos a tua missão ímpar,

Enquanto adormecida é a voz que tenho para te amar,

E pedes-me para que me venhas acordar

E subas, junto a mim, ao monte sinai

Sagrado de pecados...

Quero-te, pois, perto do nosso Céu,

Longe de abraços curtos e febris,

Das vozes esvaecidas no silêncio que se sente,

Mas que, felizarda esteja teu semblante, reveles Amor eterno

Para esse poeta aqui teu.

Poeta Ximbulikha

Salvador de Jesus Ximbulikha
Enviado por Salvador de Jesus Ximbulikha em 22/07/2020
Código do texto: T7013064
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