Ah, não me afogues em tuas manobras!
Não quero glórias sobre teu corpo excessivo ganhar,
Nem palavras sobre o avesso da neblina
Que iria algum dia compor nossos destinos
Com dois poemas escritos a flores.
Não quero de longe a música que vem dos teus delírios sentir,
Nem os cantos mais balsámos e fosfóricos contar:
Ora me encendeias; ora aliviado me tornas, despido da tórpil sensação.
Não me afogues em tuas manobras
Pois não te quero à meia-noite apenas,
Sobrevoar em meus encantos a tua missão ímpar,
Enquanto adormecida é a voz que tenho para te amar,
E pedes-me para que me venhas acordar
E subas, junto a mim, ao monte sinai
Sagrado de pecados...
Quero-te, pois, perto do nosso Céu,
Longe de abraços curtos e febris,
Das vozes esvaecidas no silêncio que se sente,
Mas que, felizarda esteja teu semblante, reveles Amor eterno
Para esse poeta aqui teu.
Poeta Ximbulikha