… tantas vidas…
Do nascimento ao fim,
Vários eus nascem, cresce e morrem,
Pensando nós, que cada um que se foi seria eterno,
Que cada sopro seria mera sequência e consequência
Do mero passar do tempo!
Mas como planta que cresce em um templo
Cada passo, cada centímetro, é um novo começo,
Tendo como princípio o o mero instante, inconstante!
E assim a vida segue, sem perguntar nossa opinião,
Ou sequer se ela tem razão.
Assim, sofre quem se apega,
Negando nossa permanente inconstância;
Diverte-se quem nota seu ciclo e dança sua música
Como dançarina que aos poucos tira seu véu e sua túnica.
JP 19 de julho de 2020