Vento Cigano
Eu não cubro minha nudez,
Embora o vento uive a minha porta
Ficar nua, não é insensatez,
Porque ser livre, é o que me importa.
Balanço os meus negros cabelos,
Meu cheiro de sensualidade se espalha pelo ar,
Você está inebriado com o meu cheiro,
Em um transe hipnótico a te dominar.
Ah, antes queres ver-me de vestido encarnado,
Olhos amendoados a chamar tua atenção,
Com cheiro de rosas e o corpo suado,
Bailando sensual ao som de um violão?
Gadjo, quebra o silêncio do nosso recinto,
Levanta o queixo e olha-me com desejo,
Sem permeio, extravaso tudo que sinto,
Em toda a magia do meu beijo.
Sei que queres sentir o sabor,
De minha pele macia e ancestral,
Então, dai graças ao amor,
E ama, de ponta a cabeça, meu corpo sensual.
Emerson Danda.
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Interação mestre Jacó Filho.
ESPÍRITO CIGANO.
Violinos e castanholas em ritmo e volume,
Guiam minha vida, como se música, fosse...
Sigo a bailarina que de mim aproximou-se,
E dançamos frenéticos seguindo o costume...
Aventuras incertas atraem-me, vida a fora...
Converto-me em arte e por pouco a vendo...
Meu retorno é o prazer, sentido por dentro,
Conhecendo o mundo, que a massa ignora...
Abraçando a magia evito grandes esforços,
Pra reger a sobrevivência de forma prática.
Domino as ciências incluindo numismática...
Preso a musica, que levo a todos os portos,
Direciono pros sonhos, a massa encefálica,
E dou ao espírito uma existência fantástica..
Jacó Filho