Amor
Já que as palavras nunca voltam vazias,
E já que o pensamento condiciona a ação,
Insistirei em falar do amor.
O que rima com dor,
Mas que,
se sincero,
não permite rancor;
O que deixa o peito sofredor,
Anda lado a lado com o temor,
Mas que ainda assim é arrebatador
e não conhece pudor.
O que flerta com o beija-flor,
Agradece o sol ao nascer e ao se pôr,
Vê na lua sincero aconselhador,
Sim: amor, amor, amor.