Prerrogativa de amor

Vejo-me pelo avesso,

Depois de criança não cresço mais,

não envelheço,

Tenho sintomas de juventude;

Saqueada por alguma virtude,

-Ainda inacabada-

Algo que nunca tivesse lido,

Na trajetória simples de uma escrita.

Essa palavra ou outra grita em meu ouvido

Mas, retém uma rima suave,

A linha melódica provocativa,

Ou mesmo, uma prerrogativa de amor...

Por isso, atravesso a cidade,

Procurando por sinais,

Tateando entre pontos e virgulas,

De olhos fechados,

Seguindo o burburinho contumaz,

Que me leva a você.

O amor quando acontece

https://www.youtube.com/watch?v=M68VWs-0c_U

Existem pessoas tolas que tentam analisar os mitos, dissecá-los e depois dizem: "Isso é um mito, não é a verdade." Elas analisam, dissecam, fazem uma cirurgia, e então dizem: "Isso é um mito, não é história". Mas ninguém jamais disse que mito é história. O mito não pode ser retalhado porque é simplesmente simbólico.

É justamente como se uma pessoa pegasse um marco na estrada com uma flecha onde estivesse escrito: "Deli" e dissecasse a pedra, a flecha, a tinta, a química e tudo o mais e depois dissesse:

"Algum estúpido deve ter feito isto. Não existe nenhuma Deli aqui!".

Os mitos são marcos, flechas indicando o Desconhecido. Não são a meta, simplesmente indicam.

Esse é o significado da pergunta dos discípulos: "Diga-nos, com o que se parece o Reino dos Céus?" É impossível perguntar o que é o Reino dos Céus — isto seria demais. Além disso, não poderíamos obter uma resposta. Podemos perguntar apenas com o que ele se parece, o que significa: "Diga algo que nós possamos conhecer; dê algumas indicações através das quais nós possamos ter um vislumbre".

É o mesmo que um homem cego perguntar o que é a luz.

Como você pode responder o que é a luz, se ele é cego? A própria pergunta impede a resposta. Ela não pode ser respondida porque a luz pode ser conhecida, mas é preciso ter olhos para vê-la. Mas se ele perguntar: "Com o que se parece a luz?" então isso significará:

"Diga algo na linguagem dos cegos".

Todas as parábolas são verdades em linguagem para cegos; todas as mitologias são verdades vestidas com a linguagem dos cegos. Assim, não tente dissecá-las! Você não encontrará nada nelas.

São apenas indicações. E se você confiar, as indicações serão maravilhosas.

Há dois tipos de perguntas: uma que é feita a partir de suas informações; neste caso, a resposta é inútil porque existe a possibilidade de um debate e o diálogo não acontece. A outra é feita a partir de sua ignorância. Quando você sabe que não sabe é pergunta, então torna-se um discípulo. Não faz a pergunta apenas para argumentar. Está com sede e pede água; está com fome e pede comida. Não sabe e pergunta; está pronto para receber. Um discípulo pergunta sabendo que não sabe. Quando você não sabe, é humilde. Quando sabe, torna-se egoísta e Jesus não pode responder para egos.