SILÊNCIO AMARGO
(Sócrates Di Lima)
Ah! Mulher!
Que se esconde de mim,
Onde você estiver,
lembre-se, estou saudoso assim.
Não a vejo a dias seguidos,
E nem posso lhe procurar,
Mas, onde estiver seu olhar escondido,
Vai o meu pensamento lhe encontrar.
E o seu silencio num zap bloqueado,
mostra que o perigo ronda sua alma,
Não pode se expor, seu andar é vigiado
O que me resta senão, manter-me em calma.
E quando desce as noites no meu tédio,
Suporto a saudade que bate a minha janela,
Mas me alegro nas memorias do meu assédio,
Onde você me faz louco mas deixa esta sequela.
E assim, meus dias silenciosos me castram,
e o tempo na sua vigilia não me traz você,
Fico tristonho quando tudo prostram,
Num silêncio amargo que eu sei bem porque!
Ah! Não se importe com esta minha tristeza,
Se vier aqui olhar os meus pensamentos,
Lembre-se que o amor que lhe tenho é a certeza,
de que num amanhã qualquer, você vem,
e na sua saudade que toca seus sentimentos,
Mate comigo, a sua saudade também!