Apenas...

Madrugada, queimo mais um cigarro.
Sinto que nas espirais da fumaça, tu estás,
Rodeando minha imagem, palpitante e desejosa
De penetrar em minha carne, em louca mistura.
Madrugada, a fumaça perde-se silenciosa.
E tu onde estás? Não te percas no ar,
Faça a mistura de teu corpo ao meu,
Que eu sinta ofegante a paixão vertiginosa;
Que eu tenha na madrugada, um só minuto pra sonhar.