Convite
Na madrugada adentro
Liberto-me do meu sono
Cínico, fingido e perspicaz
Meus lençóis enciumados
No mais cruel abandono e calados
Acenam "bye, bye" madrugada
Sempre bela, criativa e profana
Desperta amores a quem se ama.
Refaço minhas energias
E com a alma lavada
Estico o arco que a flecha lança
Para ferir o alvo distraído
E a vontade voraz que nos alcança,
Na madrugada silenciada,
Antes das cinco, sem cochilar,
Renova a perene e aguçada paixão
Que nos convida a se amar.
Foto: pixabay