Suaves ventos benfazejos
Com atenção falas comigo,
suave desliza, em volta de mim,
tagarela seus assuntos, sem nanquim,
simples, suave, a esvoaçar, como brisa.
E eu vou andando, em volta das flores,
vou seguindo, tranquila, ouvindo sua voz,
não tenho pressa, escuto tranquila,
sua voz a soar como brisa leve.
Não tem nada que configure,
que nos diga, que nos afirme,
apenas algo que nos assume,
e nos faz sentir, além da fita.
Não é o que se premedita.
É algo tranquilo e suave.
Não tem pressa que nos dita.
Nem obrigações que nos trave.
Suavemente a amizade acontece.
Surge no acaso dos encontros inesperados.
Como quem não quer nada somos enredados,
de sentimentos suaves, em gestos de carinho.
Somos apenas amigos repentinos,
que parecem se conhecer de longa data.
Acho mesmo que o universo conspira,
com o amor que a gente tanto chama.
Suaves e tranquilos, sem pressa,
vamos dizendo e ouvindo, amenos;
somos dois estranhos, que parece
que se conhecem há muito tempo.
O que é o acaso?
O que são as amizades?
O que nos faz o amor, quando nos transforma?
Não sei ao certo, apenas sei que é muito leve,
suave, tranquilo, sem pressa, e sem medo que acabe.
DIAS MELHORES - JOTA QUEST
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