EXISTÊNCIA

Quando a vida se nos rompe

E nos rasga em pedaços...

Quando sonhos que idealizamos

Se transformam em pesadelos...

Quando as palavras de amor

Se tornam gritos exangues...

Quando as promessas de felicidade

Se desmoronam em falsidade...

Quando tudo ao redor são ruínas

E te transforma em deserto árido... seco...

Sem oásis nem esperança de mudança...

Não pares em desespero e faz como o vento

Que leva as nuvens para lá dos sonhos perdidos...

Afasta o vendaval que há dentro de ti

E continua sonhando no silêncio acolhedor

Que envolve a ilusão de todas as demoras...

Mesmo que os espinhos te dilacerem a carne

E as pedras te dificultem o caminhar...

Há que recordar as palavras que ficaram por dizer

E que gravámos no silêncio dum olhar...

Na inquietação das lembranças que nos seguem

Como sombras incertas nas madrugadas sem sol...

Há que deixar que a alma se vista de esperança

Mesmo que ténue... mas acolhedora...

Há que persistir em novos sonhos...

Procurando um lugar luminoso no imo das sombras...

Um lugar que nos faça reviver as manhãs de sol

Onde o amor habite...

A alegria se faça presente...

E onde fiquemos flutuando

Entre o tempo e o espaço

Da nossa curta... mas inigualável existência!...

By@

Anna D’Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 07/07/2020
Código do texto: T6999109
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