O princípio e o fim


Amo-te, na vasta solidão de meu interior,
Na quietude que embala o berço de minha existência.
Amo-te em um sorriso, na lágrima por tua ausência,
Que borbulha, banhando a imensidão deste amor.


Amo-te, na solitude, no silêncio de minha prece,
Na oração que brota, dos meus lábios áridos com calor.
Amo-te, alma purificada, bálsamo de minha dor,
Que ameniza amargura, e a este amor engrandece.


Amo-te na brisa que traz teu perfume pra mim,
Sufocando-me com a louca saudade que sinto de ti.
Amo-te, quando escrevo em linhas sem fim.


Amo-te, na pureza das cartas de amor que recebi;
Em réplicas transcritas, falavam-te assim:
- amo-te, pois és o principio de tudo que perdi.