Ecos, amor, lembranças
10 de fevereiro de 1967


Madrugada,
Rompe o silencia, o ruído de meus passos.
Na solitude da calçada,
Os ecos ressoam.
Meu caminhar é vago,
É a saudade do amor, que no peito eu trago,
De seu olhar, de sua voz, do sorriso terno,
A louca lembrança de saber que não fui seu eterno.
Mas que és para mim
Aquela mesma criança,
Retratada assim,
Em meus ecos, em meu amor, em minhas lembranças
Madrugada,
Caminho pelas vielas,
Sem saber em qual delas;
Os ecos, o amor e as lembranças
Trarão para calçada
Seus passos, ressoando junto ao meus
Na quietude da madrugada