Os devaneios de um amor errado

Na solidão destas noites frias,

Enquanto chora o coração em demasia,

Vem abraçar-me o anjo de pele macia.

E em teus cabelos volumosos

Apoio a dor de minh'alma errante.

E ao olhar o castanho destes lindos olhos

Vejo a angústia deste inferno gritante.

Pois, será assim o eterno?

Será, ainda, quando o término deste horror?

Vejo nos teus olhos o vazio inferno;

O vazio inferno deste amor.

Ser poeta é ser todas as pessoas e não ser ninguém.

Pedro Lino.