LOVE, LOVE
Há uma certa singularidade em amar.
Quando estamos apaixonados percebemos o mundo por outros olhos.
É como se colocássemos uma lente, para que não mais enxerguemos a dor derredor.
É como estar em harmonia com nossa própria natureza, seja ela qual for.
É tocar a amada, como um artista rabisca sua inspiração pelos perímetros de um desenho ainda não terminado.
Onde ele coloca a própria alma, deliciando-se de um beijo na ponta do lápis.
Como se pudesse sentir o desenho retribuir com tal graça esse beijo que ele refina-se do mais puro prazer.
Oh! Mas que prazer é sentir esse toque, algo que só quem ama ou já amou pode sentir.
O tocar dos lábios serenos sob a mais pura e delicada malha que são os lábios da amada.
O sentir-se pleno e leve ao mesmo tempo firme e solido. Como o encaixe perfeito de duas peças.
O amor como a arte é deliciar-se da mais saborosa fruta.
É sentir o seu gosto espalhar-se doce por sua boca.
É sentir a pele lisa e suave ao tocar o corpo da mulher que deixa levar-se por seu coração.
Oh! O que seria de mim sem provar de tão pura emoção, e tão esplendoroso prazer.