Imagem no Espelho
O espelho me mostra
O que teus olhos viram
Minha silhueta esguia, minhas curvas
O côncavo e o convexo no claro escuro da luz das velas...
A linha suave da minhas pernas ao cruzarem-se
O contorno de meus ombros,
A projeção de meus seios e a suavidade do vale por entre eles
A vasta planície alva até meu ventre
E a expressão de felicidade em meu rosto.
Viste a beleza externa
Chamou-me “mulher de classe”,
Mas não me amou!
Não como desejei, não como sonhei.
Seus olhos não viram
Meu corpo consumir-se pelo desejo
Meus lábios entreabertos a pedir seu beijo...
Preferia que me tivesses julgado
Pecaminosa, incasta, vadia
E assim ter meu corpo por ti
Violado até a exaustão,
A ter que consumir meus dias
Nesta decepção de nunca ter sido tua.
O espelho me mostra
O que teus olhos viram
Minha silhueta esguia, minhas curvas
O côncavo e o convexo no claro escuro da luz das velas...
A linha suave da minhas pernas ao cruzarem-se
O contorno de meus ombros,
A projeção de meus seios e a suavidade do vale por entre eles
A vasta planície alva até meu ventre
E a expressão de felicidade em meu rosto.
Viste a beleza externa
Chamou-me “mulher de classe”,
Mas não me amou!
Não como desejei, não como sonhei.
Seus olhos não viram
Meu corpo consumir-se pelo desejo
Meus lábios entreabertos a pedir seu beijo...
Preferia que me tivesses julgado
Pecaminosa, incasta, vadia
E assim ter meu corpo por ti
Violado até a exaustão,
A ter que consumir meus dias
Nesta decepção de nunca ter sido tua.