FLOR IMANENTE

E aquele impulso para arrancar?

E aquele desejo de cheirá-la?

De ela extrair o trescalável cheiro,

Em toda ela deixar um beijo.

Tê-la em minhas trêmulas mãos,

E, junto, o sentimento em declaração!

E aquele afã de manuseá-la?

E aquele incitamento de tocá-la?

Deixar-me sentir o veludíneo de suas pétalas,

E em toda ela deixar as digitais.

Tê-la visceral e freneticamente,

E meu rosto; um sorriso contente!

E aquela lascívia intensa de regá-la?

E aquele prazer de olhá-la?

Deduzir o imaginável de toda aquela beleza.

E viajar em toda aquela deduzível sedução.

Tê-la parietal e efusivamente,

Em meu espírito, corpo, e coração!