AMANTE AMADA
(Sócrates Di Lima)
Amante amada
Que toma conta do meu peito,
Numa saudade suspirante, desejada,
Que em minhas noites não tem mais jeito.
Amor proibido, de porta fechada,
Com toques e paladares...
Com os odores da pele molhada,
Criada nas imaginações oculares.
Vem-me como trovões na madrugada,
Em meio a chuvas que socam as janelas,
Gotas condensadas de uma vontade extremada,
No querer insano de suas mazelas.
Amante amada que me toma em macho,
Fêmea no cio que extenua minha libido...
Queima-me em fogo e facho...
Louco de mim amanheço sucumbido.
E quando sua boca louca me morde em êxtase,
meu corpo responde em palavriados sem alinhos...
Extenuo como lobo na sua melhor fase,
e me entrego em seu corpo embevecido em vinhos.
Amante amada...
Como o Sol e a Lua,
Amor eterno em vontade aliciada,
Minha saudade mora, na saudade sua.
Vem comigo, noutra viagem sem fim,
amantes de um amor de navegantes
Eu dentro de ti e tu dentro de mim,
Vivamos enfim, este amor unico de dois amantes