Ainda estás?
O que de ti chega
é este vento gelado,
silêncio de palavras engolidas,
as feridas do último combate.
Pousadas as armas,
comidas a carne e as vozes,
sobra, podre, um olhar vazio.
Estás e faz frio como se não estivesses,
como se, morto, também eu gelasse.
Onde, nos perdemos?
Onde fica no tempo o caminho
que me levava a ti?