Caixa de segredos

Me fale dos teus segredos

Aqueles aos quais nem mesmo se sabe

Onde mais, ou do que esconder

Eu serei o armazém perfeito

Conte-me sobre os seus escritos

Aqueles cravados em pensamento

E que jamais pensastes mover

Se não do peito a mente e da mente ao peito

Faremos da cumplicidade

O nosso refúgio

Ou a mais perigosa das armas

Porém não morrerá ou viverá somente disso o amor

Vós não faríeis de certas recordações

Senão uma pequena soma do que se prefere anular

E tornar oculto, não visto

Para aquele que se ama

Ouça-me, não se arrepende aquele que sabe

Mas aquele que deixa de participar ao outro

Não se aflige aquele que ama e descobre que também é amado

Mas aquele que não conhece a pessoa por quem se fez apaixonar.