quero-te
Escrevo minha indescritível expressão pasma
Boquiaberta
Meu sorriso amplo, bobo e confuso.
Enlouqueces-me. Surpreendes-me.
Vai ser preciso fazer algo. Quero-te.
Dessa vez foi demais.
Luto por manter a razoabilidade que violas.
Por mim inclusive... Sim: por mim!
Violas por mim o que sei que respeitas.
Não entendo! Cada vez menos entendo.
Por que me admiras? É a poesia? É a coragem?
Ou é a mim mesmo? O que me admiras?
(Estou louco.
Não sei. Decididamente, não há como saber. Não desse jeito.
Mas não muda. Repito: quero-te).
Não te desrespeitarei, mas não ficarei inerte:
Farei tudo o que for digno da paixão que és.
Farei tudo para brindar-te com isso de tão rico que há em mim para ti.
Mereces o melhor de mim, que está todo reservado, mobilizado, alerta.
Por ti. Pronto para ti. Embalado. E que só requintas com o que fazes.
Hoje sei que vale a pena tentar te entregar.
(Incrível isso! Não entendo. Não entendo.
E as coisas estão tomando uma proporção explosiva.
Rápido. Rápido. Incrível!)
Já disse, mas agora é mais: viveria por mim contigo.
Viveria comigo por ti.
Quero me recolher no teu carinho.
Quero te acolher no meu abraço.
(Se experimentasses meu beijo...)
(Escrevo a palavra louca, rápida como o que sinto.
Não precisa ter sentido. É uma pintura. Só isso.
Que me entendam os que enlouquecem
Os que já tiveram o privilégio de conhecer alguém como tu
Sendo alguém como eu).