A MUSICA DA MINHA VIDA
Anna Paes
Invade-me um arrepio que não sentia de muito.
A lua penetra pela fresta da janela.
Ilumina a casa, numa suave penumbra, nada revela.
Ouço, com se sonhasse, como coisa de novela:
“você foi o maior dos meus casos”
Um dardo alcança meu coração, extravaso,
Fazendo-o sangrar: o maior dos seus casos...
Toda tristeza humana agora me domina,
Aquela música, a nossa musica alucina.
Indago a mim mesma: Só um caso?
Ouço ecoar no meu cérebro:
“Você é a saudade que eu gosto de ter”
Uma saudade!
Serei eu uma saudade em sua vida,
Um frustrado bem querer,
Um soluçar no fim da tarde;
Uma recordação de momentos de prazer?
Será que você ainda pensa em mim?
Ou fiquei como uma insensatez,
“uma mentira sincera”, um talvez?
Será que é assim?
Sinto o corpo dormente, a mente doentia
Faz lembrar dos nossos momentos de alegria.
Das nossas tardes de poesia,
Como se estivesse vivendo-os agora.
Meu cérebro ordena: “Pare com isto!”
Meu coração, ouvindo a música, repete por fora:
“Decidi me lembrar tantas vezes que eu tenha vontade”.
Levo a taça de vinho aos lábios, feito a sua boca,
No caminho de um ardente beijo, sem castidade.
Imagino você ao meu lado, sussurrando:
“você foi o amor mais amigo que me aconteceu.”
Lágrimas rolam pelas minhas faces e morrem na boca
Salgando-me os lábios, do seu suor me lembrando.
Minha cabeça, um tanto oca, faz-me levantar
Dançar na sala de jantar,
Como se estivesse com você abraçada, perdida.
Murmuro, para mim mesma, um quase gemido.
E penso, num quase lamento, numa falta de lucidez:
“Só assim sinto você bem perto de mim, outra vez”
Anna Paes
05/08/2004
Anna Paes
Invade-me um arrepio que não sentia de muito.
A lua penetra pela fresta da janela.
Ilumina a casa, numa suave penumbra, nada revela.
Ouço, com se sonhasse, como coisa de novela:
“você foi o maior dos meus casos”
Um dardo alcança meu coração, extravaso,
Fazendo-o sangrar: o maior dos seus casos...
Toda tristeza humana agora me domina,
Aquela música, a nossa musica alucina.
Indago a mim mesma: Só um caso?
Ouço ecoar no meu cérebro:
“Você é a saudade que eu gosto de ter”
Uma saudade!
Serei eu uma saudade em sua vida,
Um frustrado bem querer,
Um soluçar no fim da tarde;
Uma recordação de momentos de prazer?
Será que você ainda pensa em mim?
Ou fiquei como uma insensatez,
“uma mentira sincera”, um talvez?
Será que é assim?
Sinto o corpo dormente, a mente doentia
Faz lembrar dos nossos momentos de alegria.
Das nossas tardes de poesia,
Como se estivesse vivendo-os agora.
Meu cérebro ordena: “Pare com isto!”
Meu coração, ouvindo a música, repete por fora:
“Decidi me lembrar tantas vezes que eu tenha vontade”.
Levo a taça de vinho aos lábios, feito a sua boca,
No caminho de um ardente beijo, sem castidade.
Imagino você ao meu lado, sussurrando:
“você foi o amor mais amigo que me aconteceu.”
Lágrimas rolam pelas minhas faces e morrem na boca
Salgando-me os lábios, do seu suor me lembrando.
Minha cabeça, um tanto oca, faz-me levantar
Dançar na sala de jantar,
Como se estivesse com você abraçada, perdida.
Murmuro, para mim mesma, um quase gemido.
E penso, num quase lamento, numa falta de lucidez:
“Só assim sinto você bem perto de mim, outra vez”
Anna Paes
05/08/2004