O PAPEL

Distorce o sabor das horas

Quando de falso o tropeço

Recai nos teus pés

E se “o fato é o ato da procura, e a cura não existe só”

É uma nau esotérica

O que se sabe ao seu redor

E se de tanto mastro, para o fim do maestro

Perco em horizontes de ciladas, cidades

Onde a regente alva

Traz o bem dizer

Sempre que incorre um manto marrom

Vejo o que sorve em outra situação

Da qual não despedirei

E da qual não virá roupa sem véu

E de toda luta

Há uma lauda

Em um pedaço de papel

Leonardo Daniel

23/02/2015

12:35