O ELIXIR DO AMOR
As asas de bronze, abrindo, o Pelicano
Ao vítreo seio recolhe os pequeninos
que alimenta com sangue de arcano
em travessa mentira de meninos...
A Salamandra quente em fogo brando
guarda no ventre o Mestre aprisionado
Fermenta a ciência o vinho eternizado
em licor nos sete potes derramando
Enfim, vencendo o ouro a negritude
o Elixir finalmente terminado
No trabalho da eterna juventude
O estudante zeloso e aplicado
verá o pó na tampa do ataúde
com sorriso irônico e aliviado...
Porto Alegre-RS, 1997