O POETA E A NAMORADA
*Elias Alves Aranha
Como uma jovem rosa, a minha amada...
Morena, linda, esbelta e graciosa
Parece a flor colhida, ainda orvalhada
No exato instante de tornar-se rosa.
Porque tantas qualidades expressadas
Tu com sua poesia misteriosa?
Embriagado com a fragrância delicada
Coisa tão frágil que perfaz a rosa?
Assim esquia como a flor em haste
Agora que ela é rosa comovida.
De ser na tua vida o que buscaste
Na calorosa paixão da vida.
Ela é a rosa deste poeta embevecido
Que sente seu perfume e que a ama.
Convicto e de arrojo revestido
Anseia o néctar que teus lábios emana.
Teus olhos são as páginas que leio
Saboreando a doçura deste mel.
Atraído me envolvo neste enleio
Jubiloso vou vivendo neste céu.