Esqueça-me

Esqueça-me, começando pela junção de letras que formam o meu nome, desrespeitando toda e qualquer ética da autonomia linguística;

Ora (pessoalmente sempre achei

ridículo duas letras iguais para formar o mesmo som)

Esqueça-me devagarinho, no momento em que de tarde você paulatinamente lembrar dos meus traços, dos meus beijos, dos meus abraços, lembrar dos detalhes do meu corpo as marcas que você tão bem conhece...

Agora, esqueça-me de uma vez por todas quando revirar as gavetas buscando um subterfúgio para não estarmos juntos, nada mais me remete a você, justo eu que sempre fui tão acessível, agora a única coisa que você bem sabe é a brevidade de meu nome;

(Cujo qual você rabisca entrelaçando ao seu, sete vezes, na esperança que o destino me traga a seu encontro)

Então, esqueça-me por completo, quando apagar as fotos, reorganizar a vida, reescrever os poemas, os roteiros, substituir-me por uma ainda mais bela mulher...

(Se é que eu ei de fazer)

Entretanto incauto num silêncio perpétuo ainda espero que o Vinícius realmente esteja certo e que um dia ele a convença:.

"Que a saudade não compensa

E que isso não da paz

E o verdadeiro amor de quem se ama

Tece, a mesma antiga trama que não se desfaz;

E a coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo

como nunca"

Como nunca mais...

Dedicado a Jhenyffer Schreiber Miguel;

Henry Moody
Enviado por Henry Moody em 18/06/2020
Reeditado em 04/02/2022
Código do texto: T6981120
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