PARA ENGANAR QUEM ME LEU
No tempo, tenho apenas lendas
Dessas de mil amores que
Simplesmente não vivi...
Porque, concretamente, não amei!
Na vida, tenho sobras de amor
Esses em cóleras ligeiras
Que não passaram de utopia
Paixão funesta antes da nostalgia
De tudo, carrego apenas eu
Um Eu sem amantes, semblantes
Amores esquecidos entre as luas
E as infinitas tempestades
Por tudo, escrevi parte do que
Eu simplesmente nunca vivi
Para enganar quem me leu
Achando que amei além de mim!