perguntas 2
Que faço para aproximar-me de ti?
Como desvendo o que há por trás da cortina do teu sorriso?
Como te desvelo? Como te trago até mim?
Como me levo a ti? Por que essa angústia?
(Calma. Respira. Retrocede. Vai devagar).
Fico pensando em planos, estratégias.
Tudo aqui começou assim...
Quando te pensei silente, não era.
Se o silêncio teria significado, não era!
E a fala, significa?
Ou é só a galantaria de sempre? Ou a generosidade que nem sei medir?
(Admiras o que sou ou o que te represento?
Ou é sempre assim: uma dúvida?)
De novo me enches de perguntas sem qualquer resposta!
De novo não entendo porque me tocas tanto.
Do mesmo jeito que ocorreu lá no passado, tão passado...
(Com a essencial diferença rítmica do tempo vivido!)
Penso-me te acolhendo, lavando teus pés...
Cuidando-te do que te possa afligir, afetar (se algo há que possa...)
Te alimentando, te acalentando (Resvalo no colapso do sonho.)
Fazendo-te dormir. Acordando-te. De novo te cuidando.
E assim para sempre. Para sempre. Só isso. Que mais?