O reencontro do tempo.
Há uma esperança dentro da alma, esquecida no coração, o tempo não quis ser o instante, entretanto, o futuro faz o passado voltar, mesmo que seja na imaginação.
O mais puro encanto, a doce contemplação, uma flor cheia pétalas pintadas de ouro, enfeitando a doçura dos lábios.
Belo é o vosso sorriso, a incandescência dos seus olhos, o esplendor da vossa exuberância.
Sendo o seu encantamento a oxigenação da minha existência, sou a vossa vida, você o meu éskhatos substancializado.
O encanto da face do vosso rosto, você a luz do sol, o hidrogênio penetrado em meu corpo, portanto, sou a vossa energização quântica.
Deste modo, você é o fundamento da minha cognição, sou o seu substrato, você a minha alma, eu a sua respiração.
Você a emocionalidade indelével presa em meus sonhos, sendo assim, sou a sua essencialidade.
Com efeito, sou seu mundo apolíneo, a grandeza apofântica, você o brilho da minha racionalidade.
Ainda bem que a indução interposta fez o tempo reconsiderar um presente distante ao instante passado.
Quando o sonho já não era possível, no infinito radiou uma estrela magnificamente bela cheia de luz, iluminado a própria sorte.
Deste modo, substanciando a velha ontologia, o brilho do vosso encantamento, a contemplação do tempo esperado.
Agora a realidade é o velho instante, o mundo se glorificou o tempo perdido, a vossa sensibilidade o momento recuperado.
Sendo você a minha alma preferida, a forma epistêmica do meu sonho efetivado, a velha fenomenologia da vossa exuberância.
Sendo a sua pessoa, o sorriso encantado, a mais fascinante paixão, a felicidade perscrutada na alma dos sonhos.
Foi encontrado o paraíso perdido, o infinito essencializado na reminiscência passada, o presente será contemplado.
O encantamento do céu, as emoções infinitas, a beleza da face do vosso rosto, apoditicamente a sua elegância substancializada na essência do afeto.
Você é o delírio da doçura reconquistada, o sonho foi reconsiderado, sendo o passado o próprio presente, a imaginação efetivada.
Então o instante arde novamente o inefável encanto da paixão, como produto do amor revivescido.
A ternura do vosso afeto, a eternidade do destino, você a morada da minha substancialidade.
A sua magnificência, o vosso fundamento hermenêutico, o seu desejo preso na sublimação da grande escolha.
Portanto, sendo a vossa essência o caminho escolhido, o substrato do meu ser predestinado.
Edjar Dias de Vasconcelos.