O amor de todos os poetas

Dizem que todos os poetas tem alguém que ama

Alguém que balança a alma do corpo

E ferve todo o sangue nas veias

Eu por exemplo

Amo e sofro na agonia de querer e sentir

E assim vou vivendo

As vezes morrendo

Morrendo de amores

Filmes apaixonados que permanecem a mente

E depois se desagua no copo alcoólico

Depois me encontro comigo antes de dormir

Conto as estrelas deitada entre os lençóis

Como se cada uma fosse a canção

Que ouço da boca do meu amado

O meu aclamado pássaro

Que voa sob o céu da minha vida

Que hoje mantenho mesmo ferida

Mas jamais esquecida

Pela mão do Transcendental