“Soneto da Dores de Amores dos Mortais”

“...O vazio do término de um grande amor é tão profundo em nosso ser que é uma morte em vida.

As lembranças e a saudade nos devoram como feras.

As horas são como eras e os minutos de recordação uma eternidade.

A esperança de um reatar é quase um ressuscitar deste morrer vivendo, como se cada fio desta esperança oxigenasse tudo dentro de nós.

Um perfume, um lugar, uma palavra.

Tudo nos remete ao bem querer, tudo nos remete a resgatar este viver, este sentir que nos faz tanto bem.

Quando os Poetas fingidores declamam poemas de amores, as dores que os afligem são as mesmas, as tais.

Dores de amores dos meros mortais...”

(“Soneto da Dores de Amores dos Mortais”, by Carlos Ventura)