FLOR NO QUINTAL
Flor do meu quintal.
Vermelho puro carmesim
Centelha que me deixa assim
Extasiado, rapto, arrebatado
Com beleza que há em ti.
Singeleza que toca forte
Que espanta mortes que trazes
Alegrias sentidas, perdidas,
Na obscuridade de perdido tempo
De eternos juramentos em
Dedos ristes, por juízos cruzados.
Hoje, sepultados em vagas reminiscências.
Folhas pequenas e orvalhadas
De despretensiosa pureza
De inexeqüíveis sonhos de
Efetiva e régia beleza que
Cobrem tua áurea, agora regada
Pelas lágrimas que dos meus
Olhos que choram,
Pela infinitude do belo que há em ti;
Que me traz a beleza de outras
Riquezas que ontem em sonhos acordado, perdi.
Remiro tua sedução formosa flor.
Tu és graça poesia, primor!
Teu encanto faz minha alma remir.
Libertas e expias-me e me faz sentir
Salvo, deste meu momento de dor.