ALMA SEM CULPA
A plenitude do vazio
que agora te ocupa,
Traz a ti a inércia de dias
sem significado.
No decurso desta tua vida
o que me preocupa,
É o enganoso coração que
Te esconde o pecado.
Distrai-te com fito
de desviar-te da verdade
De roubar-te a honradez
para que não vejas os teus desvios.
Contentas-te com as iguarias
de toda uma falsidade,
O mal, já não te parece mal,
em tuas veias corre como rio.
O pior é quando de ti se esvaem
todos os princípios
Ao ponto de não mais creres
em coisa alguma.
Não és mais fanática
e não mais ofendes a ninguém,
És sal insípido que já não salga!
E num mar de lama se avoluma.
Carcomida alma
em dura realidade,
em tentar em vão encobrir
os teus ledos enganos.
Morte é o salário por todas
as tuas maldades,
Lançada serás no inferno
por todos os teu dias
Por todos os teus danos.