Conto de amor de um amigo

Para o alto da cidade, onde tudo é mais belo e mais frio

Longe de tudo, perto do nada, onde o tempo é arredio

O frio da serra, o frio da calma, o frio do nervoso

Tuas mãos frias são como brasas em meu corpo

Tua boca seca é um imã para a minha alma

Teus olhos a janela dos meus sonhos

Teu carinho me embala levemente

A fumaça nos inala docemente

Naquele instante, todo o mundo é a gente

A lua se esconde de teu brilho

Tua pele, teu cabelo como raios de sol

Fazem em mim um arrebol

Descemos a serra, já vai anoitecer

Na minha mente teus sussurros

Na minha pele teus afagos

Na minha boca os teus beijos

E amanhã quando amanhecer

Quero muito mais tragos de você