Era uma vez




Comprimo sua boca com um beijo,
sonoro ósculo apaixonado,
enquanto minhas mãos em chamas,
percorrem seu corpo delgado.
A volúpia do momento se ergue,
enquanto caem vestes pelo chão.
Os clarins soam deflorando silêncios.
Deflorada também foi a noite.
Outro beijo,
ao ensejo,
as mãos se encontram pelos nus,
os corpos se rendem ao amor.
Rabisco a penúltima página,
enquanto a vida se desenrola em pensamentos,
em tudo que não foi feito,
mas, que tudo faz de conta.