FASCÍNIO

Ante a tua beleza eu me calo…

tua tez, teus olhos que me olham lentescente.

Divisam-me o corpo, separa-me a alma,

extático, me tiras a calma, roubas-me a mente.

Quanto diante de ti eu me resvalo,

não resistindo teu corpo fremente.

A chama que em ti arde eclode o meu falo...

De mim explode, larvas ardentes.

Deixo-me levar pelo o meu desejo,

Pois, diante de ti ele é o meu manto.

Impõe-me duras e sofridas penas.

De todas as belezas, és a única que vejo.

Na música, tu te tornastes o meu canto...

Quando a leões, jogado numa arena.