Que nosso amor seja como aquele bom vinho, que não é o de maior preço, mas é o de maior valor; Não é o mais concorrido, mas é nosso e premiado; Não é o mais conhecido, mas é por exclusividade reconhecido. Teve ao seu favor a ação do tempo, e se tornou naturalmente maduro, estruturado, mais vivo e pronto. Macio e forte. Marcante. Pronto para ser consumido sem parcimônia. Pronto para não mais sair da memória. Toda uma essência contida numa garrafa, uma vida que bebemos em goles, pensando na vida que temos, celebrando a amizade, torcendo por saúde, absorvendo amor e sorvendo acolhimento. Vida com cheiro, com sabor, com cor, púrpura, pura, feito sangue que corre nas veias, feito água do mar que modela a areia. Sangue misturado ao vinho, em vidas únicas. Taças que não quebram, nos brindes do coração... Mais uma noite em que o amor teve espaço, bebeu de nossas almas e nos inundou de alegria pela hora tardia e feliz. A bebida sorvida virou passado, e deixou para o presente, a eterna lembrança de quem esteve toda vida esperando para revelar o seu tesouro vermelho: 18 anos e uma porta de cortiça, lacre sagrado, lembrança viva do cuidado dedicado e oferecido, como tem que ser o amor e a vida: tesouro e partilha. Fora da garrafa, mais vida, mais tempo. Isso que quero para nós: uma vida de partilha, que nossos corações brindem juntos em gratidão, por 18 anos e por todos seus múltiplos, sem fim. Que ela seja a lembrança sempre presente de um dia especial, como todos que estamos juntas. Como todos que tivemos, como mais que teremos.
Alda Guimarães
Enviado por Alda Guimarães em 06/06/2020
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