Encontro-te na esperança,
De uma terra a qual está longe…
E que é fora dos meus olhos,
Além dos muros e das sombras.

Conservo-me por dias,
Como alguém que guarda a vida,
De um cerne a insistir,
Abrigar o teu sorriso em mim.

Se a desconheço?
Talvez sim, talvez não!
Porque a certeza a cair,
É a de não possuir amor.

Tenazes versos alheio,
Encantamento de virtude,
Quem és afinal?
O monte a cobrir o mundo?

Viver sem alguém aqui,
Vem a ser suportável,
Mas não enxergar que te escrevi,
É um privilégio morrer açoitado.

Cuja transpiração das rosas,
Caminhando pelos cantos remotos,
De uma ilha verdejante,
Acaba com a minha sina.

Sois a medida correta,
Do frasco pequeno de perfume,
A ser criado como antigamente,
Com óleos e aromáticos para o corpo a vista.

Incorporadas ao álcool e a água,
Numa preciosa beleza querida,
Então descanso na incógnita,
Do mar profundo da perfumaria.

Neste momento estais,
Comigo a se calar,
Por um minuto apenas,
De uma docilidade que, haverá de me tocar.

Por Ricardo Oliveira - 03/06/2020

 
Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 03/06/2020
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