ULTIMO ATO

Na escuridão do fechar dos meus olhos

Está a tua imagem insubstancial em minha mente.

Pra vê-la por tempo indeciso apertado antolhos,

Aquilo que os olhos vêem coração quer e sente!

Deixo me guiar na escuridão pelo teu sorriso

Até segurar em tuas mãos firmes estendidas para mim.

Surge um mundo com um cenário onde dramatizo,

A mais linda das peças: “eternidade e o amor sem fim”.

Vejo-a indo em direção ao mais escuro dos lados

Tuas formas aos poucos se dissolverem na escuridão.

Apego-me a ti, para que me leve arrastado,

E o fim do meu ato não seja: a morte por tua rejeição.

No abrir dos olhos e nos ascender das luzes, descem-se as cortinas!

Fim do último ato, de volta à realidade daquela primeira cena.

O medrar de um grande amor, essa é a minha dor, a minha guilhotina.

Por ocupar a força um coração que me deseja, a vida me condena.