Pelas ruas em que passamos
Pelas ruas em que passamos
animados, arrumados,
sei que deixamos muitas palavras,
mas um parco futuro.
Você jamais me pertenceria
se eu não aceitasse
que fosse primeiro
do Mundo.
Jogo seu é experimentar
como criança
os doces diversos das Nações.
Voo contigo ares inimagináveis
e vejo, que tens atado à cintura, fio;
ponta outra mergulha no além céu.
Já eu, meu bem, tenho fio
que me amarra ao finito
e opaco plano terrestre.
Voo, porém me limito a sonhar
à superfície dada à criatura.
E vós, como não pertenceis unicamente ao Mundo,
esconde vossos desejos místicos
nos confins longínquos
do Universo,
Palácio Eterno das Divindades.
Vosso tempo é outro.
Vós sois conterrânea do filósofo que assim falou:
Podeis ser de hoje e outrora,
mas algo em vós é de amanhã
e depois de amanhã
e algum dia.
Fhilipe
31 de maio de 2020
Santa Fé do Sul