Vestida de seda
Cruzei contigo numa rua, em outra rua, noutra rua,
Da minha visibilidade, tu fostes desaparecendo,
Sumindo! Sumindo!
Já outro dia, sábado, cruzei contigo vestida de seda,
Aquela sensação estranha de antes, quase não me deixa andar.
Meus olhos brilham em ti, e tu não me percebes,
O destino é-me trato, tristura o meu coração.
Do meu apartamento vejo-te, tão longe,
Na praia, como és linda.
Vejo-te na fila dos bancos, em meio à multidão,
Nos ônibus. Miragem!
Na Avenida da Liberdade, volto a vê-te, agora, mais longe,
Se ao menos eu cruzasse contigo novamente,
Meio vermelho, pouco encorajado, certamente diria,
Te amo... Te amo...
Já andei de mãos dadas contigo,
À noite, em sonho.
Se por um acaso tu me percebesses,
Sussurraria eu em teu ouvido, e seria a mais bela canção que tu ouvirias.