O SILÊNCIO DE SI MESMO​​​​​​
O amor se vê no segredo,​​​​
Em silêncio de si mesmo,
Quando tudo se acalma,
Ou vem junto com a tormenta.

E tudo deve estar afastado,
Sendo inevitável a sua beleza,
Pois observa-lo é estar sob as mãos,
Da gloriosa proteção do ser divino.

Por nada deve ser,
Egocentrismo que manche,
Com incertezas e desculpas,
A essência da verdadeira face.

Assim, não sei se me abrigo,
Dentro de meu paraíso,
Para não ter que ver o brilho,
Daquele infinito desconhecido.

Talvez o amanhã,
Diga alguma coisa,
A qual eu deva saber, no intuito,
De nunca pensar em você.

Porque amar para mim,
É simplesmente se esconder,
E longe dele permanecer,
Permitindo-me enlouquecer.

Então, ah, doce maçã!
Que da poesia se faz avermelhada,
Sendo traduzida como alma indomada,
A qual por um instante, deixa o existir.

E eu vou ficando,
Por de traz da macieira,
Numa floresta aberta,
Mas habitando a solidão.

​​​​​Ricardo Oliveira - 30/05/2020.
Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 30/05/2020
Reeditado em 30/05/2020
Código do texto: T6962988
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