Amo-te

Amo-te quando o ar preenche cada pulmão

e assim que o devolvo de volta ao espaço

amo-te ao sentir o calor da sua respiração

durante todos minutos em seu abraço

Amo-te quando vejo o sol raiar

agraciado pelo desenho da sua face em nuvens passageiras

amo-te assim que escuto o galo cantar

e hasteio em meus universos seus sorrisos como bandeiras

Amo-te quando o céu se despede da luz solar

e a cidade é iluminada pelos faróis dos carros

amo-te nas horas que admiro o brilho do luar

enquanto devoro solitários cigarros

Amo-te quando tento traduzir as linhas que compõem seu ser

escritas com palavras que não existem em dicionários

me fascino deslizando pelos mais belos parágrafos que pude ler

tu és livro mais inspirador que meros discursos revolucionários

E quando me deito, esses meus frágeis olhos começam a fechar

desse ato chamo como testemunha meu mortal coração

pois ele sente a tal ponto que em código Morse começa a bombear

e se ousares traduzir, ouvirá ele recitando singelos versos de paixão

construídos apenas pra que um sentimento possas lhe expressar

amo-te

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 30/05/2020
Reeditado em 30/05/2020
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