Perdoe-me
Silêncio!
Perdoe-me por amar-te assim de repente,
Com esse amor feito bruma.
Na primeira vez que a ví, não o senti,
Era trevas sobre o abismo.
Perdoe-me por não te amar como devido,
Se ele estar cá dentro
E o peito teimando em não deixá-lo sair.
Amor latente, ocioso por viver o que a vida
Não lhe reservou.
Perdoe-me por amar-te assim de repente,
Amor desecupado, teimando em ser luz
Nas trevas sobre o abismo,
Louco para se jogar, quando apenas é nevoeiro.