Perdoe-me

Silêncio!

Perdoe-me por amar-te assim de repente,

Com esse amor feito bruma.

Na primeira vez que a ví, não o senti,

Era trevas sobre o abismo.

Perdoe-me por não te amar como devido,

Se ele estar cá dentro

E o peito teimando em não deixá-lo sair.

Amor latente, ocioso por viver o que a vida

Não lhe reservou.

Perdoe-me por amar-te assim de repente,

Amor desecupado, teimando em ser luz

Nas trevas sobre o abismo,

Louco para se jogar, quando apenas é nevoeiro.

Charles Costa
Enviado por Charles Costa em 28/05/2020
Código do texto: T6961100
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