AQUELA DUQUESA

A pele vai se ferindo,

E o corpo não se conversa,

A alma é uma vida,

Que agora se confessa.

Nas noites frias e serenas,

Nem serenata alegra,

A mente que me diz,

Fique sozinho com sua prece.

E como não se alimentar,

De todas as súplicas,

Que o coração pode pedir,

Quando os sonhos não se aquietam.

Inconsistente!

Indispensável!

Inconveniente!

Não se encontra ao meu lado.

Isso que falo,

è a pureza e a consciência,

Que em meio ao segredo,

Amar é o verso falho.

No qual nunca se completará,

Nem a borboleta irá voar,

Para casa de um poeta,

Que espera se entregar!

Vou sim,

Comprometer-me com ela,

A luz de um amanhecer,

O tempo e o espaço,

O campo com flores a nascer!

A Duquesa de contos,

Na poesia se infiltrar,

Ser todas as coisas,

E nunca me machucar.

Não vi, nem vou ver,

A lua prateada no céu,

E o anjo vir a envolver,

Nós dois com o mel.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 26/05/2020
Reeditado em 26/05/2020
Código do texto: T6959115
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