AQUELA DUQUESA
A pele vai se ferindo,
E o corpo não se conversa,
A alma é uma vida,
Que agora se confessa.
Nas noites frias e serenas,
Nem serenata alegra,
A mente que me diz,
Fique sozinho com sua prece.
E como não se alimentar,
De todas as súplicas,
Que o coração pode pedir,
Quando os sonhos não se aquietam.
Inconsistente!
Indispensável!
Inconveniente!
Não se encontra ao meu lado.
Isso que falo,
è a pureza e a consciência,
Que em meio ao segredo,
Amar é o verso falho.
No qual nunca se completará,
Nem a borboleta irá voar,
Para casa de um poeta,
Que espera se entregar!
Vou sim,
Comprometer-me com ela,
A luz de um amanhecer,
O tempo e o espaço,
O campo com flores a nascer!
A Duquesa de contos,
Na poesia se infiltrar,
Ser todas as coisas,
E nunca me machucar.
Não vi, nem vou ver,
A lua prateada no céu,
E o anjo vir a envolver,
Nós dois com o mel.