SEGREDOS INVOLUNTÁRIOS
Hoje pode se dizer…
Dizer que vi a sua face!
E no meio do meu caos,
Sonhos se afastam.
É por demais ser,
Uma escrita fora de linha,
Um poema que não combina,
Nem mesmo ao nascer…
Ao nascer do sol!
Quando brilha a sua luz,
Parece-me que estou apagado,
Diante dos lábios a sorrir.
O sentido de todas as coisas,
A filosofia da pureza,
Se joga onde existe as flores,
Nas campos da realeza.
Pobre de um servo,
Destinado a andar…
Pelos vales sem fim,
E numa gruta vir a morar.
Não perguntem a mim,
Se o corpo pede,
A alma se agita,
Mente perde a sua sintonia!
Mas a própria poesia,
Que se revelará um dia,
Com toda sabedoria,
Quem eu fui nesta confraria.
Por que me calo,
Ao sentir o silêncio,
Nesta curva da vida,
Que tanto me leva ao devaneio?
Insensatez dos pensamentos,
Oprimidos e acuados,
Segredos involuntários,
Jamais sendo revelados!