SEGREDOS INVOLUNTÁRIOS

Hoje pode se dizer…

Dizer que vi a sua face!

E no meio do meu caos,

Sonhos se afastam.

É por demais ser,

Uma escrita fora de linha,

Um poema que não combina,

Nem mesmo ao nascer…

Ao nascer do sol!

Quando brilha a sua luz,

Parece-me que estou apagado,

Diante dos lábios a sorrir.

O sentido de todas as coisas,

A filosofia da pureza,

Se joga onde existe as flores,

Nas campos da realeza.

Pobre de um servo,

Destinado a andar…

Pelos vales sem fim,

E numa gruta vir a morar.

Não perguntem a mim,

Se o corpo pede,

A alma se agita,

Mente perde a sua sintonia!

Mas a própria poesia,

Que se revelará um dia,

Com toda sabedoria,

Quem eu fui nesta confraria.

Por que me calo,

Ao sentir o silêncio,

Nesta curva da vida,

Que tanto me leva ao devaneio?

Insensatez dos pensamentos,

Oprimidos e acuados,

Segredos involuntários,

Jamais sendo revelados!

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 21/05/2020
Código do texto: T6954413
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