Pobre Menina Pobre

Pobre menina pobre que de seu leve sono acorda

É uma brisa que lhe bate as orelhas

O sussurrar do vento nas telhas

É o leve bater da porta

Vejo em seu rosto um assombro esvaído

No toque do travesseiro de espuma

E seu sono que era só uma pluma

A procura de um sonho

Vivido

Já não lhe fere o seu desencanto

Ela não quer contar ovelhas

Talvez apenas queira

Ouvir o vento entoar o seu canto

Vejo nos seus olhos uma noite desfigurada

Em um sono que não mais importa

Serão o zunir dos vendavais

Em sua porta

A verdade é que nada a conforta

Pois seu azul virou cinza

Na refração da água estagnada

Não há nem o sono da madrugada

É só mais um sonho que nem começa e já finda

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 21/05/2020
Reeditado em 22/05/2020
Código do texto: T6953916
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.