Namorada minha
Vês, em cada página, pauta,
tu te encontras,
me relato,
grito, lamento, desacato,
mas, te conto tudo,
falo da poeira que hoje é minha
que levanta a saudade.
Tu te encontras, te fitas,
te falas em cada folha
que flutua
ao peso da tua,
daquela ausência sem poesia,
sem os pormenores do encontro.
Te vês, eu sei,
mas, tudo está pelo fim,
apenas as pautas rabiscadas
trarão de volta em seus galhos
nossas imagens, pesadas,
deglutidas pela saudade.
Não te lamentes,
as sementes,
os germes hão de ficar,
laços mais fortes que o momento
dobrarão os segundos, os minutos,
far-se-á então o concluso;
tu te encontrarás presente,
livre em meu mundo confuso,
rolaremos pelas folhas da poesia
flutuando dia após dia
no encontro que tu te encontrarás.
Vês, em cada página, pauta,
tu te encontras,
me relato,
grito, lamento, desacato,
mas, te conto tudo,
falo da poeira que hoje é minha
que levanta a saudade.
Tu te encontras, te fitas,
te falas em cada folha
que flutua
ao peso da tua,
daquela ausência sem poesia,
sem os pormenores do encontro.
Te vês, eu sei,
mas, tudo está pelo fim,
apenas as pautas rabiscadas
trarão de volta em seus galhos
nossas imagens, pesadas,
deglutidas pela saudade.
Não te lamentes,
as sementes,
os germes hão de ficar,
laços mais fortes que o momento
dobrarão os segundos, os minutos,
far-se-á então o concluso;
tu te encontrarás presente,
livre em meu mundo confuso,
rolaremos pelas folhas da poesia
flutuando dia após dia
no encontro que tu te encontrarás.