Me disseram que falo bem de amor

Me disseram que falo bem de amor

que choro incansavelmente a minha dor

que grito como a mente de um pensador

tentando desvendar as dores do mundo

num máximo segredo profundo

encontrar a paz celestial

nesse mundo de inferno colossal

calar já não é mais que o bastante

no contido e vasto mundo ofegante

respirando o ar do excesso coletivo

no sujeito caráter de amigo

se esconder do esquivar desse calor

como é difícil assim falar de amor

sem afundar na lama do precipício

sem catar as migalhas desses resquícios

e sobrevoando sem muito se afogar

nessa doce bravura do amar

que quem não consegue sentir não entende

não está preparado para ser gente

e adentrar nesse meu enlouquecer

nem entender a imensidão do meu querer

jamais estará preparado para mim

para compreender a minha loucura intermitente

nessa imensidão de amor sem fim

Turbulência Poética
Enviado por Turbulência Poética em 19/05/2020
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